sexta-feira, 15 de abril de 2016

ERAM TÃO LÍMPIDAS AS ÁGUAS!

(Anna La Mouton)




Foi o manto de afeto
tão leve,
como breve o momento

A ausência chegou tal qual brisa
sem nada destruir
e o adeus
me passou a cobrir,
sem dor,
com lembranças
 do encantamento

A ternura ficou no olhar
que mirava, à distância,
o infinito...
não se desfez

Ainda tenho
no livro ora aberto
uma pétala viva,
uma parte do sonho de luz
que insistiu em ficar
abraçando outras cores
sem perder a beleza

Da infância distante,
riqueza


                    Marilene





40 comentários:

  1. Linda e doce infância e essas pétalas em meio aos livros...Doces recordações! Bela poesia! bjs, tudo de bom, lindo fds! chica

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  2. Doces e fortuitas recordações que fazem retornar à ternura. Lindas palavras e lindíssima imagem.
    Beijo e bom dia!

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  3. Momentos inesquecíveis de uma doce infância.
    Lindo Marilene.
    Bjs e um ótimo final de semana.
    Carmen Lúcia.

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  4. A beleza dos afectos constituintes do nosso ser, e que vivem para além da memória que deles temos, continuando vivos na presença do seu original encantamento. Lembranças de infância, coloridas, que se entrelaçam com outras lembranças mais tardias e sombrias, nunca perdendo a sua limpidez.
    Maravilhoso, Marilene, e a ilustração foi muito bem escolhida.
    Bom fim de semana.
    xx

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  5. ...As recordações que guardamos, são vivas em permanência, claras como água pura...
    Magnífica.


    Beijo
    SOL

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    1. Encontrei pétalas de rosas num livro que havia emprestado há uns bons cinquenta anos. Recordei o momento e a circunstância em que lá colocado estas pétalas.
      O teu Poema diz tudo.


      Beijo
      SOL

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  6. Mais um poema fantástico...

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  7. Mais um poema fantástico...

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  8. O encantamento das páginas da memória,
    (re)colhidas do sentir suave com
    asas poéticas trilhando o caminho na linha
    do tempo por dentro!...

    Que belo voo do sentir poético, Querida Marilene!!
    A imagem escolhida é tão sublime, uma ternura!...

    Um final de semana inspirador!
    Beijo.

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  9. Me emocionei lendo, Marilene. Bela postagem. Bjs e bom fim de semana.

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  10. Olá, Marilene
    Dos amores da infância guardam-se recordações tão puras como água cristalina, leves como nuvens de algodão, doces como néctar divino…
    Beleza comovente!

    Bom Fim-de-semana
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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  11. Tenho algumas lembranças assim, Marlene! Surpreendente, não é?

    Linda poesia!

    Grande abraço, moça!


    http://pontosdefe.blogspot.com/

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  12. o amor do mundo. que sutiliza. parabensss!

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  13. Olá, Marilene...
    É bom poder guardar na memória toda esta riqueza conquistada, em um tempo que jamais iremos apagar... tudo que ficou em/ na nossa interioridade serão sempre límpidas , mesmo com todas as tormentas que porventura irão surgir pelo caminho adiante...nada irá destruir ,nada nos afetará ao ponto de perdermos a ternura e o encanto...Obrigado pelo carinho de sempre,belo domingo, belos dias,beijos!

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  14. Sou uma saudosista. E algumas lembranças em mim são tão intensas, que têm cheiro, cor, sabor... E esse pedaço de espaço entre lembranças e atos, ficam cada vez maiores...tenho medo de esquecer...

    Lindo o seu post querida Marilene.

    Beijos, bom domingo

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  15. Marilene seus versos sempre competentes falam de temas eternos com a força do inédito.
    Um grande abraço, Antonio Machado

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  16. Saudosa e eterna infância que reside dentro de nós descrita lindamente em sua poesia. bjs

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  17. Saudosa e eterna infância que reside dentro de nós descrita lindamente em sua poesia. bjs

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  18. E convém preservar essas pétalas vivas...
    Excelente poema, gostei imenso.
    Boa semana, querida amiga Marilene.
    Beijo.

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  19. Eram sim, Marilene... tinham a limpidez da nossa inocência, num tempo em que sonhar era bem mais fácil! Belo texto, boa semana.

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  20. Quanta suavidade, encanto e ternura em teus versos minha caríssima poetisa Marilene! Consegues registrar a leveza de teu ser em versos que, a todos, deixam o êxtase. Quanta poesia nesta tua bela criação! "A ter/nura ficou no olhar/que mirava, à distância/o infinito.../não se desfez" Que espírito iluminado que tens! Só alguém em plena comunhão com Deus seria capaz de tão perfeita criação. Parabéns!

    Sou Alberto Valença do blog Verdades de um Ser e colaborador do Meu pequeno vício e Depois da sessão de cinema. Agora criei também um blog de viagens - O seu companheiro de viagem.

    Verdades de um Ser
    O seu companheiro de viagem

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  21. Um poema muito belo! "A ternura ficou no olhar"... E a infância não saiu do coração...
    Um beijo.

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  22. Como é bom manter nos olhos e nas lembranças,a ternura da infância.
    Um abraço,
    Sônia

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  23. Que lindo, Marilene, a infância nos traz a saudade do descompromisso, dos encantos simples e puros. Mas não sei a razão de querermos crescer logo, pegar compromissos, trabalhar, virarmos adultos e nos incomodarmos com coisas que nem sonhávamos. Só pode ser por imitação. Tenho lindas lembranças, e certas horas gostaria de voltar à infância para vivê-las um pouco, para entendê-las melhor. Foi uma fase que se foi, amadurecemos e endurecemos.
    Beijo grande, querida.

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  24. Lindo, leve e doce tal qual a infância.

    Beijos.

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  25. OLá, Marilene, que bom que carrega consigo a riqueza dos tempos de infância. Conservar esse olhar de encantamento com certeza ajuda a tornar a rotina da vida adulta mais leve. Eu sinto ter vivido pouco a infância, era muito presa, queria crescer logo para ter liberdade, rssrrs. Mas sonhava muuuito... até hoje, rsrsrs. Abraços!

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  26. Belos e saudosos tempos que passam e deixam profundas e inapagáveis marcas. Belo poema e linda imagem Marilene. Parabéns!

    Obrigado pela visita e pelo gentil comentário deixado no nosso Arte & Emoções.

    Abraços,

    Furtado.

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  27. Olá mana,

    Poema lindo e ternurento.
    Na infância os sentimentos são belos e puros e deixam lembranças que nos acompanham por toda a vida. As despedidas não provocam marcas significativas, como acontece no mundo adulto, mas apenas uma pequena nostalgia, que logo passa diante das distrações da época. Contudo, basta uma visitação a esse tempo, coroado pela inocência, para que aqueles sentimentos de ternura sejam despertados. Pena que nem todos trazem consigo as lembranças de uma infância feliz e rica de lembranças.

    Linda a imagem.

    Beijo.

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  28. Marilene
    Amei, para a poetisa, o infinito será ou seria a meta. Não sendo possível alcançar o infinito. A poesia o pode e deve preconizar, o que quer dizer que, é mister seguir por eisse caminho.
    Beijos

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  29. Belíssimo, Marilene, sempre hábil com as palavras, com as imagens. Como diz uma velha canção: "Eu não sei porque que a gente cresce, se não sai da gente essa lembrança". Abraços!

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  30. Se de anjos vivemos a infância.
    Diria que anjos vivem em nossas recordações,
    remexendo no tempo, retocando as paginas da vida,
    onde uma pétala conta toda uma historia.

    Muito bonito Marilene.
    Que a semana seja bela e boa.
    Abraços.
    Bjs

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  31. Hola desde España: hábil palavras. Acabo de descubrir tu blog y me gusta mucho la variedad de temas que tratas. En este momento tengo un blog dedicado a los jóvenes y Educación que te invito a visitarlo: http://cativodixital.blogspot.com.es/ . Si quieres seguimos en contacto. Yo ya me hice seguidora de tu blog.

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  32. Que doçura e leveza em suas palavras.
    Fase que passa tão rápido e nem notamos a não ser pelas lembranças.

    Abraços esmagadores e feliz final de semana.

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  33. Marilene
    emocionada estou com a ternura do poema e das memórias que também guardo da infância.
    muito belo.
    beijos
    :)

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  34. Ainda hoje os rios correm para o mar
    Libertam-se

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  35. Uma doçura de poema, impregnado do doce que as memórias da infância (e outras) dulcificam e nos permite estar gratos por termos tido tão encantadores momentos. A eles devemos sorrir e prestar homenagem!
    Belo!
    Bjo, amiga :)

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  36. Doce infância sempre presente em nossas lembranças, que maravilha que nunca se apagassem.
    Beijinhos no coração amiga querida Marilene.

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